A edição do mês de setembro da famosa e influente revista americana “Rolling Stone” trouxe em seu conteúdo uma extensa entrevista com Ariana Grande, que dentro de todos os assuntos, fala sobre as risadas na introdução de “Problem”, videoclipe “Break Free” e muito mais. Confira:
ARIANA GRANDE,
A estrela revelação do verão fala sobre a gramática excêntrica de suas músicas, amor pelo Aerosmith, e ter visto demônios.
Por Brian Hiatt
Você pode esperar um segundo? Diz Ariana Grande. “Estou meio aérea, me aprontando”. Grande, 21, está escolhendo uma roupa para uma aparição na TV, o que sem dúvidas é uma tarefa estressante: “Eu não quero um colarinho estilo Peter Pan, pois lembra o Addy de American Horror Story”, fala ela a um assistente, soando bem séria. Mas, convenhamos, ser a estrela que mais cresce no pop – com dois singles (“Problem”, feat. Iggy Azalea, e “Break Free”) disputando o título de canção do verão; um álbum, “My Everything”, lançado agora; e mais uma performance no VMAs, gera uma grande pressão. Cada vez mais sensual, a ex-atriz Nickelodeon vem causando no pop, e há muita coisa acontecendo com ela ao mesmo tempo. “Bom, eu não me importaria em conquistar o mundo”, ela admite, após alguma insistência.
Na intro de “Problem” nós podemos ouvi-la dar risada. O que houve de tão engraçado?
Eu estava rindo de mim mesma, porque [Max Martin e Savan Kotecha, produtor e compositor, respectivamente] me disseram para falar algo, como “Estou de volta!” para eles usarem como um ad–lib (ornamento musical que não exerce em seu intérprete uma necessidade de ser executado, é opcional). E acabou parecendo a coisa mais sinistra do mundo, como a Samara de “O chamado”, ou como uma vilã de um filme de terror. Eu fiquei, tipo, “Nós não podemos usar isso!” Aí eu comecei a rir histericamente daquilo.
O que você pôde aprender com Max Martin?
Por toda a minha vida eu amei o R&B, mas eu pude aprender sobre o Pop dele – a matemática de como funciona. Uma vez ele fez uma coisa estranha, ele mudou o blues na música porquê não estava, tipo, “Uau, que coisa cativante!” As menores modificações em uma melodia, podem fazer uma considerável diferença.
“Break Free”, é outra grandiosa faixa também produzida por Max, mas a sua letra levanta algumas questões. “Nunca pelas mãos de um coração partido?” Por algum acaso o coração tem mãos?
Ugh! Eu devo dizer que, bem, eu não quero morrer devido a ter o coração partido. Esse é ponto! Eu sequer… hm… próxima questão.
Há o verso “Agora que eu me tornei o que realmente sou”, você ficou famosa, portanto. Com certeza foi um sueco que compôs isso.
Eu enfrentei eles por causa disso tudo, sim, os erros, eu fiquei tipo, “Oh meu Deus, eu estou tendo um ataque cardíaco. Por favor, eu estou aqui!” Porém, eu pensei: “Isso é pop. Eu irei me divertir e cantarei uma música com uma letra gramaticalmente incorreta, por que não, diabos?”
É notável como você pronuncia as palavras de uma maneira diferente as vezes.
Eu poderia melhorar a minha enunciação, definitivamente. Eu estava no carro ouvindo “Break Free” com a minha avó, e então eu perguntei a ela, “Nonna, você está gostando da música?” ao que ela respondeu: “Eu não estou entendendo o que diabos você está cantando, mas tudo bem, porquê sua voz está bonita.”
No videoclipe de Break Free você dispara foguetes pelos peitos. Katy Perry também fez isso uma vez, mas com os dela foi chantilly; e a Gaga pôs metralhadoras nos seus. Numa batalha, quem de vocês ganharia?
O AustinPowers e as suas “fembots” (paródia do conteúdo original que dera vida a esse termo, e que foram utilizados no trabalho da série de filmes “Austin Powers”, 1997/2002, como potenciais armas ocultadas em mulheres de trajes sensuais com pelos sintéticos rosa, tal como em um lingerie, em seus seios) seria quem iria ganhar, porque elas (as fembots) escondem armas em seus peitos peludos.
Você uma vez afirmou não sentir-se confortável sendo uma sex-symbol (símbolo sexual). Algo mudou a respeito disso?
O que eu quero dizer, é, bom, quando foi que eu falei isso?
Para você, qual é a melhor canção Pop de todos os tempos?
Oh, Deus! [Pausa] É “Vogue”. Ontem eu fiz uma playlist bem grande, e eu juro que você tem de ouvir ela. Só havia músicas da Madonna – como de todos os outros álbuns de sempre -, Aerosmith e RuPaul, “Sissy that walk”.
Espera, você falou Aerosmith?
Eu passei por uma fase em minha vida meio roqueira, e eu era obcecada pelo Aerosmith. Usava pulseiras pretas de geleia, e achava aquilo muito legal. Isso aconteceu na quarta série.
Quais são os seus outros heróis musicais?
A maior delas foi a Whitney Houston. Eu fiz o meu produtor me levar para o hotel onde ela morreu quando eu soube que isso havia acontecido, nós nos sentamos do lado fora, e eu chorei. No entanto, eu amo o Destiny’s Child, a Christina Aguilera, a Donna Summer, e minha mãe escuta muito a Barbra Streisand. Sem dúvidas eu sou fã de divas.
Embora você tenha passado a adolescência como atriz, não aparenta estar muito descontente pelo cancelamento da série “Sam&Cat”. Você sente saudades de atuar?
O teatro musical é o que me faz falta de verdade, e eu faria de tudo para estar em um filme de terror. Mas eu não sei se a atuação um dia voltará a ser o meu foco.
No jogo “Harry Potter, Pottermore” você optou por fazer parte da casa “Slytherin”. Esse lugar não parece ser o apropriado para você.
A Slytherin me escolheu, e não eu a ela. E nem todos da Slytherin são ruins – Snape, por exemplo, ainda que ninguém realmente soubesse, ele foi um personagem com um coração gigante.
Todo mundo está fascinado por você ter visto demônios recentemente, em um castelo assombrado no Kansas.
Oh, meu Deus. As pessoas acham que demônios andam comigo! E que eu sou do demônio por eu praticar Kabbalah, e olha, eu sou vegan. Ai elas pensam “Essa garota é louca”. E eu não tenho visto demônio algum já faz um tempo, sério.
Provavelmente o VMAs vai desperta-los e eles retornarão.
[Risos] Os demônios da música Pop? É disso que você está falando?